Expedição Amazônica – Rio Sucunduri (Outubro/2017)

Fala pessoal! Passado um ano de espera, finalmente o grande dia chegou: O retorno para a Amazônia,

Pelo 4° ano consecutivo na operação do meu amigo Victor, novamente atrás dos grandes tucunarés pinima.

A data foi a última semana de outubro de 2017, já entrando no final da temporada no regime de águas do rio Sucunduri, que fica localizado no sul do estado do Amazonas.

No domingo em Manaus, decolamos de hidro-avião e as 9:30 já estávamos pousando na frente do Barco Hotel Angler I.

Fomos muito bem recepcionados pela equipe do barco, e enquanto arrumávamos a tralha para a primeira tarde de pesca, alguns já desceram no barranco calibrar a carretilha.

Estávamos em uma turma nota 10: Eu, Sérgio, Lucas, Manolo, Otavio, Jaida, Murilo, Leonardo, Andrez, Warley, Gilmar e Shirley.

As notícias eram de rio baixo e instável devido ao alto volume de chuvas. Tucunarés chocando, já em fase de reprodução.

Primeiro dia:

Logo após o almoço saímos eu e o Sérgio, que fazia sua primeira pescaria na Amazônia, com o guia Antoniel para a primeira esticada de linha na parte da tarde. Subimos direto para a ressaca do Guajará, mais conhecida como lago do Colombiano.

Constatamos que os tucunarés estavam manhosos, porém encardumados. Eu e Sérgio capturamos muitos peixes para apenas uma tarde, nenhum grande. A isca da vez foi a Sticknina 110.

Para encerrar o primeiro dia, a natureza nos dá boas vindas!

Segundo dia:

Descemos sentido Lago do Biribá, tivemos muitas ações de peixes pequenos.

Em meio a um cardume, acerto o primeiro bom do dia, nada gigante mas já anima:

O lago do Biribá tem a água transparente e é raso, então pesca-se também arremessando para o meio, dei a dica para o Sérgio e em um momento ele capturou cinco tucunarés em cinco arremessos. Arremessei um shad Pure Strike de 17 cm no meio do cardume e capturei  o grandão no visual, ataque incrível quase na superfície! O primeiro troféu da pescaria:

Paramos no barranco para almoçar porém uma chuva torrencial nos pegou de jeito e tivemos que abortar o assado e correr de volta pro barco hotel. Foram mais de duas horas de muita água caindo! O curioso é que a turma que pescou na região acima não pegou a chuva…

Quando o tempo melhorou entramos no Igarapé Capinarana, local com muito molongó e água corrente:

Após algumas ações e peixes pequenos e visualizei um grande tucunaré fazendo uma onda na superfície, arremessei a Rover 128 e ele fez um grande rebojo atrás da isca, o Sérgio lançou um shad e trabalhou na ”manha”, o peixe não resistiu e saiu tomando muita linha e após alguns minutos de tensão, peixe embarcado!

Mesmo com o temporal que atrapalhou muito, encerramos o dia com dois troféus capturados.

Terceiro dia:

Acordei com relâmpagos e muita chuva, saímos de manhã debaixo d’água e começamos na entrada do Colombiano e logo reparamos que a chuva da madrugada turvou demais a água do local.

Com uma Curisco 110, o Sérgio e capturou um peixe que não toma conhecimento da carretilha e sai em disparada, logo pensamos: Gigante! Após as primeiras tomadas de linha percebemos que o peixe vinha pesando e brigando devagar, o que não caracterizava a briga de um tucunaré.

Com a vara de 17lbs o Sérgio domou o peixe até ele subir e para nossa surpresa era uma bonita pirarara! Troféu inesperado na pescaria:

Filmei o embarque da pirarara:

Nesse dia pescamos em alguns lagos de difícil acesso:

Guia Antoniel, ”Tunico” ou ”Toniel”. Com certeza o guia mais atencioso, dedicado e educado que já pesquei, além de conhecer tudo e mais um pouco!

Capturamos muitos peixes pequenos, mas os grandes custavam a aparecer!

Vimos a movimentação de peixes bons no meio do lago e começamos a arremessar com jig. Sérgio capturou um gigante que acabou escapando após brigar muito, lamentamos, pois era um peixe muito grande!

Logo depois ele captura outro, o maior do dia!

Assim encerramos o dia.

Ao chegar a noite no barco hotel, através de uma marcação na margem reparei que o rio, que vinha baixando, começou a subir lentamente, mais uma razão para os peixes não estarem tão ativos.

Quarto dia:

Começamos o dia varando um bote para um lago fechado, estávamos em duas duplas. Lucas e Manolo pescariam na voadeira e eu o Sergio daríamos uma pescada rápida em um barquinho de ribeirinho local.

Acertei um lindo tucunaré pinima, mais um ”garimpado” troféu!

O guia Antoniel se empenhava muito para encontrarmos os tucunarés.

Ainda pela manhã, entre muitos tucunarés menores, capturei esse que deu uma pancada daquelas na superfície!

Mordomia na hora do almoço:

Na parte da tarde subimos até a boca do rio Acari. Poucas ações e peixe inativo. Só esse valeu a pena sair na foto:

Encerrando o quarto dia:

Quinto dia:

Voltamos ao lago da manhã anterior, e mesmo com chuva torrencial o dia inteiro, fizemos a festa e capturamos muitos peixes. Em termos de quantidade foi o melhor dia:

A chuva nos impossibilitou de tirar mais fotos, não parou o dia todo. Com certeza a maior chuva que já peguei na Amazônia!

Perdi um peixe grande que simplesmente arrebentou um líder 0,63mm em atrito com a galhada mas logo depois fui recompensado com o maior peixe do dia, um gigante tucunaré pinima que capturei utilizando jig arremessando para o meio do lago.

Encerramos o dia muito satisfeitos com o dia produtivo, mesmo debaixo de muita chuva!

Sexto dia:

Apostamos novamente em um lago central, pois os peixes pareciam estar mais ativos neles, devido à ausência da influência do nível instável de água no rio.

Mas o precisamos de quatro guias da equipe Vilanova Amazon para nos ajudar, pois foram duas varações de bote.

Primeiro para um lago estreito e comprido, onde atravessamos e já demos uns arremessos para capturar os primeiros tucunarés, no stick.

Depois o bote foi atravessado para o lago maior onde pescamos até a hora do almoço com muitas ações.

Filmei o final do arrasto da voadeira para o lago:

Após duas voltas no lago capturando peixes pequenos nas margens, o sol abriu com força e as ações diminuíram. Colocamos o jig e arriscamos os arremessos para o meio buscando os maiores peixes.

Deu certo e logo o Sérgio engata uma encrenca daquelas. Briga no limpo e muita calma para tirar o peixe, um grande tucunaré pinima!

A lente da câmera que estava úmida devido a chuvarada do dia anterior, pegou o sol e deu uma embaçada, bem na hora desse peixe. As fotos não ficaram das melhores,mas deu para registrar esse lindo amarelão!

Nos lagos, quando o sol esquenta muito, a água também fica quente e os peixes costumam afundar e procurar locais mais fundos. Por isso a insistência no jig para o meio nos horários próximos do almoço.

Com insistência fui premiado com mais um lindo tucunaré, para fechar a pescaria nesse lago:

Na parte da tarde fomos para o Igarapé Capinarana, pois no dia anterior uma das duplas tinha arrebentado por lá.

Coloquei a isca Imakatsu Trairão, para tentar irritar os tucunarés. Deu certo e logo nos primeiros arremessos uma pancada daquelas de não esquecer nunca, bem próxima ao barco. O peixe errou a isca e sumiu…

Acertamos alguns tucunarés menores no tom ”paca”, como esse:

E uma galhada, avistamos um grande peixe caçando bem longe e a isca pesada me ajudou a fazer o arremesso chegar na cara dele, porrada na certa! Muita briga e embarcamos o ”pacão”, peixe briguento demais!

Encerramos um mais um da de pesca, onde com muito empenho e insistência fomos premiados com belos troféus!

Sétimo dia:

No último dia a estratégia foi subir bastante até o lago do Aracu e depois vir baixando até o lago do Colombiano, que com o sol do dia anterior já devia estar com a água limpa.

Único peixe digno de foto foi esse tucunaré que explodiu bonito na isca de superfície trabalhada pelo Sérgio:

Não perdemos tempo e baixamos para o Colombiano, lugar que confio e tem muito peixe grande. Sérgio logo nos primeiros arremessos capturou duas aruanãs, peixe que fisguei porém perdi vários durante a semana.

Acabei perdendo dois tucunarés grandes que simplesmente escaparam durante a briga. E o Sérgio teve um gigante na ponta da linha que chegou a pranchar do lado do barco e balançou a cara jogando a isca longe! Lamentamos muito a perda desse peixe, pois era até então o maior da pescaria e estava praticamente rendido, coisas da pescaria…

Continuei insistindo com a isca de superfície, uma Duo Realis 130, até que um gigante saiu quase inteiro fora d´água em uma explosão que qualquer pescador de tucunaré sonha em ter na sua linha.

O peixe passou atrás de um toco e tomou muita linha, rapidamente o guia Toniel levou o barco para que desenroscasse a linha e depois a briga ficou limpa. Fiquei muito mais nervoso que o habitual porque já tínhamos perdido grandes peixe e esse não poderia escapar!

Os gritos de alívio e euforia ecoaram na mata amazônica, eu estava com um gigante em minhas mãos, o grande troféu do rio Sucunduri.

Esse mereceu uma sessão de fotos:

Ainda capturamos muitos outros peixes menores e fechamos esse último dia de pesca com o maior peixe da pescaria.

Devido ao nível baixo das águas e o peixe manhoso por estar chocando, em termos de rio Sucunduri, foi uma média de peixes considerada baixa, capturamos cerca de trinta peixes por dia, com dias piores e outros melhores.

Digo que sempre existirão adversidades naturais nas pescarias amazônicas, são desafios impostos pela natureza sobre nós, o que torna a pescaria mais instigante e as capturas ainda mais satisfatórias. E são nesses momentos que devemos focar em arremessar sem parar, aproveitar ao máximo acreditando até o último minuto, pois a recompensa pode vir a qualquer momento, e assim foi nossa árdua porém gratificante semana de pesca!

Fica aqui meu agradecimento ao parceiro Sérgio, pela semana inesquecível que pescamos juntos, a toda tripulação Vilanova Amazon pelo excelente atendimento que nos foi dado, ao guia Antoniel que não mediu esforços e a todos os companheiros de viagem pela parceria, risadas e companheirismo durante essa viagem. Deixo aqui também um abraço ao amigo Victor Vilanova, que batalha o ano todo para esse sonho nos ser possível, parabéns meu amigo!

Equipamentos:

– Vara Redai Viking 17lb 5’8 (para iscas menores de 12g até 18g – sticks, twitchs e meia água)

– Vara Redai Viking 20lb 5’8 (para iscas médias de 18g a 25g – sticks, zaras e jigs)

– Vara Redai Viking 25lb 5’8 (para iscas maiores, de 28 a 42g – grandes zaras e hélices)

Carretilhas com linhas multifilamento 0,37mm e líder de fluorcarbono 0,62mm.

Iscas:

– Sticknina 110, Jumpin Minnow T20, Imakatsu Trairão, Duo Realis 130, Rover 128, Zig Zara 110.

– Curisco 110 e Kingfisher Flash

– Jigs brancos, branco com verde, amarelo com vermelho (Mega Jigs, by Braguinha e Killer Jig) 

– Shad Pure Strike By Braguinha na cor branca de 14cm e 17cm montados com anzol off set 6/0 e 8/0.

Muito obrigado a todos e até a próxima História de Pescador!

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