Tucunarés azuis na superfície em plena frente fria – Estância Zé Tacca (Maio/2019)

Fala pessoal! Dessa vez relato para vocês uma ótima pescaria em um lugar que gosto demais e já estava com saudades, a Estância Zé Tacca em Anaurilância/MS. Pousada que fica em uma fazenda às margens do Rio Paraná, Represa Sérgio Motta.

Na sexta-feira (24/05), saí de Londrina e encontrei o parceiro Cauê – Slowfishing na sua casa em Presidente Prudente/SP, dali fomos juntos até a pousada, onde chegamos no fim da tarde. 

A entrada da frente fria foi muito forte, a temperatura de um dia para o outro caiu drasticamente, com ventos fortes durante a noite. O negócio foi colocar várias blusas, acender um fogo e fazer churrasco, mais tarde acendemos até uma fogueira para passar o frio. Com essa brusca mudança climática, a expectativa para o dia seguinte era baixa.

No sábado acordamos com um tempo muito feio de chuva, resolvemos não sair pois estava muito frio e se aquela água caísse não seria agradável. As nuvens carregadas se dispersaram e o tempo abriu, e para ficar melhor ainda, o vento era fraco.

Com o guia Danilo, aproveitamos o pouco vento e navegamos até pontos mais distantes, com muitas galhadas no meio do rio, lugares possíveis de pescar quando a água está mais calma e propícios para grandes tucunarés azuis, com profundidade de quatro a cinco metros.

Logo no início do dia acertei dois bonitos tucunarés, um azul e um amarelo, mostrando que o dia poderia ser bem melhor do que imaginávamos.

Esse azul veio em casal com um muito maior, capturei a fêmea, mas não conseguimos fisgar o macho.

Cauê acertou a mão em uma isca de meia água e capturou vários peixes em sequência, para começar a brincadeira.

Seu primeiro azul do dia:

O sol esquentou bem e o vento diminuiu ainda mais. Coloquei uma isca de superfície para ver se levantava algum peixe. Logo na primeira explosão um gigante deu uma porrada daquelas de assustar, saiu tomando linha e simplesmente escapou. Primeiro azulão perdido do dia, é só o começo, rs.

Azulzinho:

Bonito amarelo:

Cauê colocou também uma isca de superfície e também levantou um grande peixe que acabou simplesmente escapando. 2×0 para os azulões, e segue o baile!

Para o almoço levamos lanches, pois estávamos longe e seria inviável voltar para a pousada ou ir na ilha fazer churrasco. O horário que normalmente estaríamos descansando e comendo foi a hora mais quente do dia e tivemos muitas ações, com belos peixes capturados e perdidos. Nessa época de água gelada e frio, o ideal é aproveitar os horários com maiores temperaturas, pois normalmente os tucunarés ficam mais ativos.

Os azuis foram aparecendo e surpreendendo nosso dia:

Cauê acertou um belo tucunaré azul que bateu três vezes na superfície bem próximo ao barco antes de entrar. Show!

Também capturei mais um belo peixe na superfície, saiu inteiro fora d’água para abocanhar quando explodiu na isca.

Cauê teve uma sequência de dois peixes grandes perdidos. O primeiro, já bem próximo ao barco, deu uma última corrida e escapou, alisou a garatéia do meio da isca. 3×0 azulão:

O outro fez a mesma coisa, porém ele foi para o fundo se enroscou em um tronco e escapou abrindo uma das garatéias. 4×0 para os azulões! 

Continuamos insistindo e capturando bons peixes. Mais um bonito tucunaré azul:

Quando o dia é bom, um tucunaré amarelo é raro em meio aos azuis:

Mais um lindo tucunaré azul que explodiu na superfície:

Esse peixe das fotos acima é a fêmea, o Cauê jogou a isca de meia água para cobrir pois o macho era gigante e estava atrás. A isca mal caiu na água e o gigante bateu e já correu para a estrutura que tinha muitas conchas, o líder não aguentou e estourou, isca e peixe perdido. Depois de arrebentar a linha o peixe ainda ficou pulando para tentar se livrar da isca, era um gigante. 5×0 azulão!

Ainda não acreditanto na quantidade de peixes grandes que perdemos no dia, continuei arremessando a isca de superfície no meio da ”paliteira”, sabendo que se um grande batesse a dificuldade de embarcá-lo seria imensa, foi o que aconteceu. Um peixe gigantesco explodiu na minha isca e tomou linha na galhada, passou a linha nas afiadas conchas das galhadas e estourou a linha multifilamento. Como aconteceu momentos antes com o peixe do Cauê, logo após arrebentar, ele ficou saltando com a isca na boca para tentar se livrar dela, no ”olhômetro” o peixe passava dos 60 centímetros, era um monstro, seria o meu troféu do dia, faz parte. 6×0 para os grandes tucunarés azuis!

Já chegando no fim da tarde, satisfeitos com a quantidade de peixes bons capturados porém lamentando os gigantes perdidos, Deus nos abençoou com um monstro, na isca de superfície do Cauê, briga intensa mas conseguimos finalmente embarcar o gigante, recorde pessoal de tucunaré azul do Cauê, 63 centímetros de tucunaré! Muita comemoração e após perder quatro grandes no dia, ele mereceu demais esse troféu.

Peixe devidamente solto. E ainda deu tempo de capturar outro peixe antes de irmos embora e finalizarmos esse dia insano de pesca!

Morada dos gigantes azuis. Arremessávamos lá dentro das estruturas, aumentando a chance para os peixes grandes.

Encerramos o dia com mais de trinta peixes capturados, vários de bom porte e seis gigantes perdidos. Muitos tucunarés na superfície!

Algumas imagens do espetáculo da natureza em nossa navegação de retorno para a pousada:

Guia de pesca Danilo, conhece tudo! Além de ser extremamente atencioso e dedicado, recomendo muito.

Ainda teria o segundo dia de pesca. Durante a noite eu refiz os líderes e reforcei as garatéias, porém a natureza não nos ajudou no domingo e o vento soprou o dia todo com muita força, nos impossibilitando de pescarmos nos melhores pontos pois não dava nem para se equilibrar direito no barco. Matamos o tempo em alguns locais rasos mais abrigados, porém não são propícios para essa época de frio e capturamos poucos peixes e pequenos. O rio parecia um mar:

Isso comprova que o principal problema na pesca do tucunaré é o vento e não a temperatura. No dia anterior com frio, água gelada, porém pouco vento tivemos resultados impressionantes. A mesma condição no segundo dia, porém com vento forte, fez com que a pescaria fosse praticamente perdida. O importante foi que tivemos um dia inesquecível de pesca no sábado, além do churrasco, o ambiente da pousada e tudo que envolve a pescaria, além do peixe.

Agradeço demais o parceiro Cauê, o guia Danilo e o proprietário Fernando. E todo pessoal da Pousada Estância Zé Tacca, um dos meus locais favoritos.

Equipamentos:

Varas Redai Black Mamba Second Generation 17lb 5’8 e 6’0

Linhas multifilamento de 30lbs ou 40lbs (023mm e 0,28mm)

Líder de fluorcarbono 0,47mm e 0,52mm

Iscas:

Zig Zara 110

Zig Zarinha 90

X-80 Magnum

Vision Oneten Jr.

Telefone / Whatsapp: (67) 99917-8465 – Fernando Tacca

Muito obrigado a todos e até a próxima História de Pescador!

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