Inverno com os gigantes do Córrego das Antas (julho/2014)

Fala pescadores(as)! Mesmo com o inverno e frio intenso,combinamos eu, meu irmão Pedro e nosso amigo Paulo, uma viagem a Glicério-SP, mais uma vez no Pesqueiro Córrego das Antas, para pescarmos do dia 14 à 17 de julho/2014.

Para nossa surpresa, chegamos por lá por volta das 8:30 da manhã com o pesqueiro relativamente cheio, mesmo não sendo em final de semana, então optamos por ficar no lado oposto do restaurante e por lá começamos a arrumar as tralhas e carregar tudo do porta-malas para o ponto escolhido.

Toda vez que chego nesse pesqueiro já fico deslumbrado com a beleza da natureza que envolve o lago principal. A previsão era de dias ensolarados.

Pedro e Paulo, antes de irem ao restaurante buscar iscas, bebidas, gelo, isopor e dar entrada no pesqueiro e tirar mais algumas coisas do carro. Resolveram armar uma vara cada um só para ”dizerem” que já estão pescando. Enquanto isso eu fiquei no ponto que pegamos, arrumando e montando todo o resto dos equipamentos.

Não passou nem 10 minutos de pescaria e o Paulo já perdeu um peixe bom que tomou muita linha antes de escapar. Assim ele armou outra ração P-40 no anzol e jogou novamente de fundo no meio do lago.

Pouquíssimo tempo depois, enquanto eles estavam ainda na outra margem buscando iscas e tralhas, a vara do Paulo ”embodocou” e como eu estava sozinho briguei por 20 minutos com o peixe dele e com ajuda de pescadores que estavam próximos, conseguimos embarcar o troféu, e eu ainda saí para a foto! Todo crédito para o Paulo, o peixe é dele, tambacu de 27kg:

Tambacu 27kg – Pego no fundo com ração P-40.

Impressionante! com menos de 20 minutos de pescaria, já tiramos um gigante tambacu! Mas acreditem se quiser, no momento em que eu soltei esse peixe, a bóia do meu irmão afundou e a vara envergou como nunca no suporte, eu já com os braços doendo por causa da captura anterior, tive de fisgar e trabalhar novamente outro peixe grande.

Pedro e Paulo estavam do outro lado ainda arrumando as coisas e comprando iscas e ceva, e eu gritei para eles virem correndo. Meu irmão veio e passei rapidamente a vara para ele, pois o peixe era dele, e depois de muita briga, mais um peixasso embarcado! Tambaqui de 23kg.

Tambaqui 23kg – Pego na bóia torpedo com chicotão e minhocossú.

Olha a alegria do Paulo e do Pedro, com meia hora de pescaria, fisgamos dois gigantes nas únicas duas varas que armamos.

Após esses peixes, terminamos de buscar tudo que precisávamos, iscas, bebidas, gelo e etc, e de arrumar todas as outras varas. Não armamos as varas de pirarara durante esse dia devido aos locais mais perto tinha gente pescando, então nos dedicamos nos redondos.

No meu equipamento leve. com bóia e minhocossú arremessados no meio do lago, engatei um peixe que me fez pensar ser um redondo dos grandes, mas era uma linda pirarara, a primeira de muitas nessa pescaria:

Durante o dia as ações deram uma boa parada, o que nos fez perceber que os tambas estavam comendo melhor durante a manhã. Uma rápida parada para o churrasco caprichado feito pelo nosso amigo Paulo. Foram três dias inteiros almoçando e jantando assim:

Como ninguém é de ferro, quando os peixes davam uma ”parada”, dávamos uma descansada também. Pedro precisava devido a canseira de vir dirigindo na estrada durante a madrugada e começo de manhã.

Eu, um pouco mais ”tarado” continuei pescando:

Detalhe para a parte de trás da nova camisa História de Pescador modelo Tamba:

Como sempre no Córrrego, perdemos alguns peixes grandes, e ainda peguei alguns tambacus e pacus pequenos pescando de fundo com Ração P40 ou mussarela.

O final da tarde chegou e como sempre, preparamos o barquinho inflável e a ração para cevar. Preparamos as varas com bóia torpedo, chicotes curtos e miçangas variadas. Como no inverno escurece rapidamente e mais cedo, essa pescaria de fim de tarde dura pouco.

Os tambacus subiram bem mesmo com as tilápias atrapalhando, e nós três engatamos bons peixes, mas apenas eu tive a sorte de conseguir tirar, mais um belo tambacu, também com 27kg cravados na balança digital:

Tambacu 27kg – Bóia torpedo, chicotinho e miçanga natalina.

A noite chegou, e com ela chegaram a vez de armar as varas mais pesadas para pirararas, armadas a maioria no fundo entre 10 e 40 metros da margem com mussarela, pintinho e fígado. Armamos também duas varas com bóia, chicotão e minhocossú ou cabeça de pintinho. E quem começou foi nosso amigo Paulo, com uma bela Pira:

Depois, foi a vez do meu irmão Pedro, com mais uma valente pirarara:

Detalhe para a nova camisa História de Pescador modelo Pirarara:

Depois de perder algumas pirararas que arrebentaram as linhas dos equipamentos mais leves, chegou a minha vez na pesca noturna, e capturei em sequência mais duas belas pirararas. A primeira:

A segunda, já bem maior que as anteriores:

Para finalizar a noite, mais duas belas pirararas, uma do nosso amigo Paulo:

E outra do meu irmão Pedro:

Encerramos por volta das 23:30, pois estávamos muito cansados, praticamente ”varados” da viagem ao Pesqueiro e porque já estávamos totalmente satisfeitos com o resultado do primeiro dia, com enormes tambacus e tambaqui e muitas pirararas.

Dormimos bem demais no apartamento 9, e acordamos cedo para continuar a pescaria. Durante a manhã armamos diferentes iscas no fundo e na bóia, mas o que estava funcionando era a pesca de fundo com mussarela, onde capturamos alguns tambacus pequenos, a maioria sem fotos, mas registrei esse:

Depois engatei um peixe grande que me fez parecer ser um tamba dos grandes, mas novamente fui surpreendido com uma bela pirarara em plena luz do dia. Com equipamento leve e linha 0,37mm a emoção é garantida!

Durante todos os dias, os dourados estavam famintos, foram dezenas de exemplares capturados, eles ”roubavam” nossas iscas desde as linhas armadas para pirarara como para tambas.

A tarde chegou e o pesqueiro deu uma boa ”enchida”, chegaram equipes com vários pescadores, que cevaram demais sem parar com o barco durante todo o dia, o que ocasionou em muito barulho e comida na água, resultando em poucas ações durante a tarde:

Como sempre apenas no final da tarde, cevamos com ração, porém as tilápias atrapalharam muito, subiram poucos tambas, mas mesmo assim cada um pegou o seu, todos pequenos como este que saiu pra foto (bem mal batida por sinal):

Mas o melhor foi reservado para a pesca noturna, como no dia anterior, as pirararas estavam bem ativas. Paulo começou fisgando uma grande Pirarara no equipamento de tamba:

E ainda resolveu ”tirar onda”, dizendo que estava com sono:

nesta noite meu irmão perdeu uma grande pirarara que acabou toda a linha da carretilha, esvaziando o carretel rapidamente, não dando tempo de subir no barco de alumínio que estava longe.

Aí depois foi a minha vez, briga intensa:

Mais uma linda pirarara, como sou apaixonado por esse peixe, na minha opinião a espécie mais briguenta:

Depois, meu irmão Pedro engatou uma das gigantes, meia hora de briga e o peixe vem para os braços do pescador:

Neste mesmo momento, o alarma da carretilha do Paulo cantou e ele fisgou uma pequena pirarara, tirou-a rapidamente para concretizar um belo dublê:

Dublê de pirararas, Paulo e Pedro:

A lua estava cheia, não sei se isso influenciou ou não na grande quantidade de ações de pirararas.

As pirararas estavam tão famintas que o Paulo e Pedro deram uma parada para assar uma carne e dar uma descansada, mas eu continuei firme, e engatei mais três pirararas em sequência, uma delas na vara do meu irmão, mas acreditem, ele não quis puxar.

A primeira era pequena:

A segunda, já aumentou um pouco, de médio porte:

A terceira era bem maior, já considerada uma grande pirarara:

A noite foi se adentrando, e o frio aumentando, com a queda da temperatura, as pirararas deram uma parada, aí deu tempo para alguns tambacus na média de 10 a 12kg entrarem durante a noite, tirei foto apenas deste:

E a surpresa da noite foi essa gigantesca carpa-húngara, com peso estimado entre 18-20kg, que entrou no equipamento de pirarara com mussarela:

Ufa! Quem disse que pescaria não cansa? Montar equipamentos, revisar iscas, arremessar, brigar com grandes peixes. Encerramos a noite por volta das 2h da manhã e fomos dormir para acordar bem no último dia de pesca.

Acordamos bem cedinho, e deu para flagrar o maravilhoso começo de dia e nascer do sol no Córrego das Antas:

Como temos o costume de cevar apenas no final do dia, armamos nossas varas de fundo e bóia com chicote com variadas iscas.

Depois fomos tomar um café e como o pesqueiro esvaziou neste dia, sem atrapalhar ninguém aproveitamos para buscar com o barco local tudo o que estava faltando, ceva, gelo, bebidas, e etc. Fotos tiradas do barco:

Visão geral do lago, vista do ”aterro”:

Visão geral do lago vista do ”barrancão”:

Voltando a pescaria, durante a manhã pegamos apenas peixes menores, como dourados e tambacus pequenos, como esse:

E perdemos dois peixes grandes, um escapou e o outro estourou a linha.

Depois, o parceiro Roberto, que estava pescando nos iglus ao nosso lado, engatou uma grande pirarara que tomou linha direto para o mato, e meu irmão entrou no barco para ajudá-lo a tirarem de lá:

Aliviados, porque conseguiram tirar a pirarara do enrosco e fazer ela brigar no limpo:

Mas não teve jeito, ela foi novamente para o enrosco! Era um matagal enorme e a pirarara teimava em tomar linha debaixo dele:

Um olhando para o outro e dizendo: – E agora?

Então vão novamente com o barco em cima do mato para tentar trazer o peixe da ”tranqueira” onde ela tomava linha:

Roberto passou a vara na mão do meu irmão, e com a mão na linha e a outra no remo, tentava abrir o mato e fazer com que a pirarara saísse de lá e fosse em direção ao meio do lago:

De repente, em uma arrancada a pirarara finalmente mudou o rumo e saiu em disparada para o meio do lago, no limpo. A força do peixe era tão descomunal que arrastou facilmente o barco e fez meu irmão se curvar e passar a vara ao Roberto. Agora vai!

Depois de 40 minutos, os pescadores voltaram exaustos, porém com o troféu embarcado:

Olha o alívio e alegria demonstrada pelo pescador Roberto, pirarara com cerca de 30kg:

No final da briga, quando o peixe já lutava no limpo, peguei a câmera e fiz um vídeo do embarque da gigante, confiram:

O final da tarde chegou, então resolvemos mudar a estratégia. Ao invés de cevarmos com o barco no meio do lago com um balde ração, cevaríamos com pintinho, pois já que ele flutua, e as tilápias não os comem, subiriam apenas tambas e até pirararas.

Nesse esquema cevávamos um baldinho de pintinho e arremessávamos em cima com bóia torpedo, chicote curto e apenas a cabeça do pintinho no anzol.

Deu certo, logo na primeira cevada, gigantes tambacus e pirararas subiram com vontade para comer os pintinhos e não deu outra, engatei um gigante tambacu que demorou muito para se render, 30,5kg de brutalidade. Esse mereceu várias fotos:

O Paulo ainda engatou um tambacu menor, e saiu para foto! Belo dublê:

Depois destes peixes, fizemos mais uma ceva e o Paulo e o Pedro engataram um tambacu cada um, porém ambos não eram grandes (cerca de 12kg), então para não perder tempo não tiramos fotos e cevamos novamente.

Meu irmão arremessou uma segunda vara, um molinete que ele usa para carpas, no canto da ceva, e deixou no suporte e não demorou muito para sua vara embodocar e o peixe tomar muita linha em direção ao mato perto do aterro:

Eu fiz um pequeno vídeo do momento em que meu irmão tentava tirar a pirarara do mato, não sei como a linha ou a vara não quebraram! Neste momento, Pedro escorregou em uma pedra lisa e foi caindo lentamente, caímos na risada:

Depois de mais um grande sufoco, conseguimos tirar a enorme pirarara. Esse peixe também mereceu uma grande sequência de fotos:

Ainda restou uma pequena luz para cevar, e fizemos a última ceva, os peixes subiram e o Paulo ainda engatou mais um tamba na faixa de 15kg, não tiramos fotos.

Entrava então nossa última noite de pesca, e mesmo exaustos armamos a varas mais pesadas para pirararas. Eu peguei a primeira:

Meu irmão já tinha parado de pescar, mas o Paulo continuou e engatou as duas últimas pirararas da pescaria, a primeira menor:

E o último peixe da pescaria, para encerrar com chave de ouro, mais uma maravilhosa pirarara bem mais clara que as outras:

Depois desses peixes, fizemos um delicioso churrasco e começamos a arrumar toda a tralha pois tinhamos uma viagem de volta pela frente na manhã seguinte!

Superamos todas as expectativas pois mesmo com o frio em pleno inverno, fizemos uma pescaria sensacional com muitos troféus.

Quero agradecer a Deus, a minha família, meu parceiro Paulo e ao adminstrador do pesqueiro, Charles Marques e sua esposa, que como sempre nos atenderam muito bem. Um abraço também a todos os novos amigos que fiz nestes dias no pesqueiro!

EQUIPAMENTOS E ISCAS QUE EU UTILIZEI:

Equipamentos para Tambacus:

Uma vara de fundo = chumbo de 50g + girador + chicote 0,47mm de 50cm + anzol tinú 9 + Mussarela ou raçao P-40

Uma vara de bóia = Bóia torpedo + chicote 0,47mm de 2m + anzol tinú 9 + Minhocossú

Uma vara de para usar na ceva = Bóia torpedo + chicote de 50cm + owner wide gap 2/0 com miçanga natalina (na ceva de ração) ou com cabeça de pintinho (na ceva de pintinho)

Varas: Okuma Reflexions 2,70m

Carretilhas: Shimano Speedmaster, Daiwa Lexa 300 e Shimano Curado 301.

Linhas: Onix Soft 0,37mm, Super Bass 0,37mm e Laiglon International 0,37mm

Equipamentos para Pirarara:

Três varas de fundo = Chumbo de 50g + girador + chicote 0,57mm de 50cm + anzol Gamakatsu Octopus 7/0.

Varas: Shimano Soujorn 50lb 2,13m, Rapala Long Cast 40lb 1,98m e Sumax Sahara 40lb 2,13.

Carretilhas: Corvalus 401, Fierro 4000 e Titan Big Game FW.

Linhas: Dayama Max Force 0,47 e 0,52mm

Iscas: Mussarela, Pintinho e minhocossú.

*Também usamos varas mais pesadas, com 120lb e carretilhas Penn 321, porém as pirararas estavam pegando nos equipamentos que arremesam mais longe.

* Nas montagens de tamba entraram também algumas piraras e nas montagens de pirararas também entraram alguns tambas.

* Não pesamos nenhuma pirarara porque ao meu ver o passaguá machuca ela na pesagem com a balança digital, vou providenciar a cesta de pesagem.

Muito obrigado a todos e até a próxima História de Pescador!

Compartilhe essa História

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Fale com o João!