Azulões do Lago do Peixe Angical / Tocantins (abril/2016)

Fala pessoal! Finalmente tive a oportunidade de conhecer o Lago do Peixe, situado no sul do estado do Tocantins, formado pelos rios Maranhão e Paranã que formam o Rio Tocantins, onde no ano de 2006, nessa região, foram represados para a construção da Usina Hidrelétrica de Peixe Angical e consequente formação do lago, que tem 120 km de extensão e habita um dos peixes mais esportivos do país, o tucunaré azul.

Fechamos nossa data com antecedência, 17 à 22 de abril de 2016, e em uma turma com doze grandes amigos pescadores a viagem não poderia ser melhor. Saímos cedo de Londrina-PR e com escala em São Paulo, regada à muito chopp no aeroporto, voamos para a capital Palmas-TO onde chegamos na parte da tarde, e o micro-ônibus já nos aguardava. Foram então mais 340km de estrada, passando por Gurupi-TO, pelo município de Peixe-TO, e finalmente para a Pousada Rancho do Kojak, onde chegamos a noite e fomos recepcionados com um belo churrasco pelo sr. Kojak, e pelos guias Alex, Juliano, Gaúcho, Deyvid, GG e Butuado.

A previsão era de sol e calor, porém muito vento. Segundo os guias, historicamente e na teoria o mês de abril venta pouco, mas a natureza é imprevisível.

Primeiro dia de pesca:

Finalmente a pescaria começou, eu e o parceiro Kléber saímos com o guia Butuado:

Confirmamos que o vento atrapalharia muito nos locais mais abertos:

Começamos a primeira manhã buscando as grotas e braços do lago, locais mais abrigados, protegidos do vento:

Logo veio o meu primeiro tucunaré azul da pescaria, pequeno porém com uma cor exubertante!

O parceiro Kléber, com uma isca de hélice Baby Torpedo, garantiu uma boa sequência de tucuninhas.

Logo depois fisguei um tucunaré e vimos o outro atrás, Kleber enfiou a vara com a isca dentro d’água e começou a rodar, fazendo o ”oito” e garantiu o dublê, a diversão estava feita!

Mais pra frente o parceiro acerta um maiorzinho:

E eu capturo mais um belo azul, ainda não é grande, mas pela sua coloração mereceu ser registrado:

Ainda pela manhã, porrada na superfície e peixe bom na linha, embarquei um tucunaré de respeito, cerca de 50cm.

Pouco antes do almoço, Kleber fisgou um tucunaré pequeno e vimos um grande azulão atrás, joguei a meia-água e ele apenas ”bicou” a isca e fugiu.

Paramos para o churrasco com a turma toda reunida:

Voltamos para a pescaria e já iniciamos as capturas:

O vento deu uma trégua e o guia Butuado resolveu arriscar entre as paliteiras, locais com muita estrutura:

Reparamos que a tarde as ações diminuiram, e após alguns peixes pequenos, capturei um belo tucunaré azul com cerca de 54 cm, peixe fino, porém comprido:

Encerramos o primeiro dia de pesca com muitos tucunarés fisgados e essas belas imagens:

Segundo dia de pesca:

O vento insistia em soprar intensamente:

Então a tática se repetiria, pescar nas grotas abrigadas:

A manhã começou muito bem, poucos arremessos e alguns peixes fisgados, até que entra um maiorzinho, tucuna com mais de 50 cm.

O parceiro Kleber também fisga um belo peixe:

A poucos metros do barco, um enorme cardume de tucunarés estoura e ficamos nele por vários minutos onde capturamos dezenas de exemplares, eram 6, 7 e até 8 peixes de uma só vez:

Continuamos a pescaria e continumaos tendo ação:

Estávamos arremessando mais para as margens, visando a parte mais rasa com estrutura de algas, porém o Butuado me orientou a dar um arremesso para o meio, passando por cima de uma grande pedra submersa, pois segundo ele, ali costuma ter tucunaré grande.

Dito e feito! Arremessei a firestick despretenciosamente e um gigante explodiu na superfície errando a isca, continei o trabalho rápido e ele não resistiu! A briga foi intensa e demorada mas era favorável pois o peixe pegou no limpo, sem enroscos. Após boas tomadas de linha e belos saltos o meu troféu foi embarcado, gigante de 4kg e cerca de 62 cm.

Pescar e soltar, sempre!

Após essa espetacular manhã de pesca, paramos almoçar e nada melhor do que um belo churrasco:


Como no dia anterior, na parte da tarde as ações diminuíram. Pescamos em meios as galhadas:

Alguns peixes pequenos saíram, como este:

Pôr-do-sol para encerrar o dia;

Terceiro dia de pesca:

Com o vento um pouco mais fraco, começamos a manhã nas galhadas, locais mais abertos, utilizando iscas de superfície:

Tivemos bons ataques, Kleber fisgou um belo tucuna na casa dos 50 cm.

Minha vez, encharutou a Dr. Spock jr.

Perto da hora do almoço, Butuado nos levou a um local desafiador, raseiro com cerca de um metro de profundidade, imaginamos fisgar um peixe grande ali, com certeza embarcá-lo seria muito difícil:

Fisguei um peixe menor, provavelmente a fêmea, e atrás vimos um grande azul seguindo, era o casal, o Kleber não pensou duas vezes e arremessou a isca de superfície que estava na vara em sua mão. Foi uma das cenas de pesca que nunca esquecerei, totalmente no visual e a poucos metros do barco, o gigante explodiu na isca e saiu em disparada em meio a galhada, foi uma das tomadas de linha mais enlouquecedoras que já vi de um tucunaré. O peixe infelizmente largou a isca no galho e acabou escapando, era um dos maiores tucunarés azuis que já vi!

Parada para o almoço, hora de dar uma refrescada:

Na parte da tarde tivemos boas ações na superfície, porém nada grande. Achamos alguns pequenos cardumes.

Destaque para um grande azulão que novamente visualizamos seguindo um menor fisgado, não deu tempo de jogar atrás pois o menor acabou escapando.

Fim do dia e mais um espetáculo da natureza:

Quarto dia de pesca:

Essa disparadamente foi a manhã que mais ventou, por isso começamos o dia fazendo uma pescaria diferente. Próximo a barragem, em pontos no meio do rio, locais com 5 a 8 metros de profundidade e a isca utilizada, somente Jumping jig / metal jig.

Essa pescaria é muito produtiva, na primeira rodada o Kleber perde algumas fisgadas e engata um belo tucunaré com 51 cm, brigou demais!

Logo depois foi minha vez, engatei um peixe pesado que brigou no fundo e depois deu belos saltos. Um verdadeiro troféu do Lago do Peixe, grande tucunaré-azul:

Tiramos apenas uma rápida foto de cada um dos maiores tucunarés pegos no jumping jig pois nessa pescaria de fundo a recuperação do peixe para a soltura é mais delicada, por causa da profundidade. Uma dica é: ao fisgar o peixe, deixar a fricção mais solta e trazer o mesmo bem lentamente, para evitar sua descompressão.

Paramos em algumas pauleiras, locais fascinantes:

Aí vento deu uma diminuida e fomos pescar nos raseiros, locais mais abertos com muito alga no fundo, alguns pequenos azuis apareceram:

Esse do Kleber mereceu destaque por sua coloração dentro d’água:

Ainda pela manhã, fisguei um bom tucunaré, uma fêmea que brigou e acabou escapando, mas o Kleber tinha jogado atrás e fisgou o macho do casal, que não tomou conhecimento do freio da carretilha e tomou linha como quis, porém dessa vez estávamos em um local limpo de estruturas para o peixe se enroscar, tínhamos maior chance.

O gigante saltou por várias vezes e por causa do vento estávamos encostados na margem, o azulão deu uma última corrida pra debaixo do barco, em um mínimo espaço de água entre o barco e o chão, nessa hora o Kleber tentou frear e só veio a isca, a princípio ficamos desesperados porque o troféu tinha escapado, mas o Butuado que estava na água foi atrás do barco e conseguiu pegar o peixe.

Em palavras não consigo expressar a história dessa captura, e a emoção que sentimos indo, em poucos segundos, do desespero e frustração quando a isca se soltou do peixe para a euforia de ter embarcado esse gigante tucunaré azul do Tocantins:

O peixe passou dos 4kg e mediu cerca de 63 cm, mereceu uma sessão de fotos:

Eu também tirei uma casquinha e saí na foto com o parceiro!

Soltura:

Destaque novamente para o visual do lago, morros e galhadas, espetacular:Após o almoço retornamos a pescar próximo de onde o parceiro fisgou seu troféu, e ele novamente pegou um grande peixe que começou a tomar linha, quando chegou próximo ao barco vi outro ainda maior acompanhando, novamente o casal! Arremessei atrás e fisguei ele no visual. Após muita briga conseguimos embarcar o dublê de troféus!

Meu troféu, azulão macho de 62 cm e aproximadamente 4kg. Desculpem, mas não consegui escolher apenas uma ou duas fotos, então vão todas!

Peixe do Kleber, fêmea com cerca de 58 cm:

Dublê:

Soltura:

No final da tarde ainda deu tempo de pindocar um jumping jig no fundo, próximo à pousada, tivemos algumas ações não concretizadas e esse saiu pra foto:

Mais um magnífico fim de dia no Lago do Peixe:

Esse foi o dia em que pegamos a menor quantidade de tucunarés, porém em ótima qualidade, embarcamos grandes peixes.

Quinto dia de pesca:

No penúltimo dia, atravessamos toda a parte do lago que pescamos nos dias anteriores no rio Tocantins e navegamos um pouco mais até o encontro das águas, onde pescamos tanto no rio Paranã quanto no rio Maranhão.


Além do vento forte, segundo o guia Butuado, a represa oscilou seu nível, desestabilizando-a, deixando o peixe com um comportamento mais manhoso. Capturamos alguns tucunarés e tive a ação de um gigante que jogou a isca de superfície longe e não voltou de jeito nenhum! Nessa manhã também encontramos um divertido cardume de peixes pequenos.

Almoço em uma praia perto do encontro das águas:

A tarde o vento parou de vez, perfeito para usar iscas de superfície:

Mas nesse dias os tucunarés estavam muito manhosos, com insistência tivemos ações:

Belo peixe do parceiro:

Retornando para os pontos na parte do rio Tocantins, visulizamos um casal de dois enormes azulões, porém mesmo jogando todo tipo de isca na cara deles, nada fizeram, simplesmente ingnorando-as.

No final do dia a lua deu o ar de sua graça:

Sexto dia de pesca:

No último dia optamos por ficar mais próximos da pousada. Tivemos muitas ações, porém de peixes pequenos, a minha primeira foto foi de um tucunaré que bateu na superfície no ponto de almoço, muita zoação com a turma reunida.

Na parte da tarde fechamos nossa pescaria perto da barragem, pescando de fundo com jumping jig, é impressionante a quantidade de ações que tivemos, em alguns momentos não dava tempo da isca tocar no fundo. Capturamos vários exemplares menores e alguns com cerca de 50 cm.

Até uma bela corvina resolveu aparecer:

E mais uma vez fomos presenteados pela natureza, encerrando com chave de ouro essa espetacular pescaria no Lago do Peixe Angical.

Algumas fotos do restante da turma. Os cardumes fizeram a diversão:

Zezito e Paulo que pescaram o guia Alex:

Carlos e Thiago, que foram com o guia Juliano Lasca:

Guto e Manolo, com o guia Deyvid:

Césinha e Rodrigo, com o guia Gaúcho:

Lucas e Matheus, com o guia GG:

E destaque para o maior peixe da viagem, fisgado pelo Matheus, com 67 cm:

Equipamentos utilizados:

Vara Redai Black Mamba Dark Edition 5’9 17 lbs + Carretilha Venator SE (zara, stick e hélice)

Vara Redai Taipan 5’7 17 lbs + Carretilha Venator (sub-superfície)

Vara Redai Black Mamba 5’8 17 lbs + Carretilha Venator (barbela e jumping jig)

Linha Seaguar SmackDown 40lb 0,28mm + Leader Seaguar Red Label 0,47mm e 0,52mm

Iscas: Firestick, Zig Zarinha, Duo Realis 110, Bonnie 95, Jet 90, Kingfisher Flash, Curisco 90, Inna 90, X-Rap 10 e Jumping jigs variados de 15 a 25g.

Gostaria de agradecer a grande companhia dessa turma maravilhosa de amigos, ao guia Butuado que não mediu esforços para acharmos os peixes e que realizassemos uma ótima pescaria e a toda equipe do Rancho do Kojak que nos atendeu muito bem durante essa semana de estadia.

Muito obrigado a todos e até a próxima História de Pescador!

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