Primeira do ano com os tucunarés azuis da Represa de Chavantes (jan/2021)

Fala pessoal! No sábado (09/01) o guia Thiago Aguera, da represa de Chavantes, me mandou uma mensagem avisando que o cliente dele havia desmarcado a pescaria do dia seguinte por conta da previsão do tempo, que era péssima. Como ele sabia que eu estava com muita vontade de ir para lá, me avisou mas alertou que o dia seria díficil, estava marcando chuva e muito vento!

Como a represa é cercada de morros e pesca-se muitos nos braços mais abrigados, perguntei para ele se daria para pescar, independente das ações ou dificuldades, e ele disse que sim. Consegui combinar com o amigo Léo e resolvemos arriscar, pois a previsão do tempo muitas vezes erra.

Saímos de Londrina/PR por volta das 05:30 da manhã, tomamos um café em Ribeirão Claro/PR e as 8h já estávamos na Marina Daj ajeitando o barco e descendo para a água.

A represa está em seu menor nível até hoje, baixou muito nos últimos meses, muito diferente de quando fui anteriormente:

O dia começou com um pouco de vento, tivemos poucas ações até as 10h. Foram três ou quatro amarelinhos como esse, que bateu igual ”gente grande” na superfície!

O vento diminuiu e abriu sol, por nossa sorte a previsão começou a errar feio. O vento de 26km/h previsto das 10 as 16h não veio, a represa ficou um espelho, o que fez com que conseguíssimos pescar em pontos mais abertos.

Em uma galhada funda capturamos alguns azuis pequenos e logo depois encostamos mais próximos da margem nas estruturas de alga.

Visualizamos tucunarés movimentando no raso, dentro das estruturas com menos de um metro de água, eu e o Thiago jogamos as iscas de superfície e até shad anti-enrosco, os peixes atacaram mas não entraram, quando saíram mais para o limpo o parceiro jogou a isca de meia-água e capturou o primeiro bonito azul da pescaria:

E logo em seguida, capturou mais um:

Pegamos alguns peixes menores, como esse pequeno azul:

O Thiago avistou um grande azulão parado no ninho, fato mais incomum para essa época, onde a grande maioria dos peixes grandes já estão com seus filhotes. Totalmente no visual, arremessei mais de vinte vezes o jig na frente dele até ele abocanhar, o peixe saiu em disparada sem tomar conhecimento da fricção e tomou bons metros de linha até escapar, azar! Acredito que passava dos 50cm, o que já seria um gigante para a região

O vento parou totalmente e começamos a avistar os ”chuveirinhos”, que é o casal de tucunarés com seus filhotes, mérito para o Thiago que avistava de muito longe e chegava perto para arremessarmos. No primeiro capturei um lindo tucunaré azul:

Batendo isca normalmente, capturamos alguns peixes pequenos e tivemos boas ações na superfície, mas muitas vezes o peixe só rebojava ou batia e não voltava mais.

Léo e um azulzinho:

Avistamos outro chuveirinho que estava bem no raso, em local bem difícil de trabalhar a isca, Eu e o Thiago arremessamos diversas vezes as iscas de superfície e o azulão somente rebojava mas não entrava, quando ele saiu um pouco para o meio o Leo imediatamente arremessou a meia água e capturou o maior peixe do dia, que brigou demais. Um lindo tucunaré azul!

Algum tempo depois, batendo iscas normalmente, ”brotou” um chuveirinho do nada bem próximo do barco, no desespero, eu e o Leo arremessamos simultaneamente, e por muita coincidência as duas iscas caíram exatamente no mesmo lugar, provavelmente uma enroscando na outra, em nossa primeira trabalhada o tucunaré atacou, eu e o Leo fisgamos e brigamos com o peixe, sem saber exatamente em que isca ele estava fisgado. Quando embarcamos, um fato até então inédito pra mim, as duas iscas estavam fisgadas no peixe!

A minha isca, no caso a Saruna, pegou a garatéia da frente bem na lateral ou ”canivete” da boca do peixe, e a garatéia de trás, veio enroscada com a isca Sasuke do parceiro, que estava com a outra garatéia presa a parte de baixo do peixe! Quando reparamos, foi só risada no barco! História de pescador daquelas para contar e nos chamarem de mentirosos! rs

E o azulão que abocanhou duas iscas de uma vez, saiu para a foto:

Continuamos pescando e encontramos um último chuveirinho, esse bem pro meio da represa, em um local bem fundo, dava para ver o azulão inteiro por baixo. O grandão ”espantou” diversas vezes as iscas, mas não pegava de jeito nenhum, no final das contas a fêmea saiu para a foto, mas o macho que era muito maior acabou afundando com os filhotes e ficou para a próxima!

Começou a ventar um pouco o que nos impossibilitou de avistar mais chuveirinhos. Estávamos batendo na margem e vimos um cardume de tucunarés estourando bem pro meio, em uma pauleira bem funda, onde passava dos dez metros de profundidade. Chegamos perto e capturamos vários tucunarés, era um cardume de amarelos, não tiramos fotos. Logo em seguida, próximo dali, avistamos mais um cardume, porém de azuis, como este, diversão garantida:

O cardume dispersou e voltamos para a margem, porém começamos a jogar para o meio, e aconteceu mais um fato inusitado do dia. Capturei um dublê na mesma isca e na mesma hora o Leo capturou um dublê na isca dele também, pena que um dos peixes dele acabou escapando do lado do barco.

Até o fim do dia tivemos ações de peixes bons na superfície, que acabram não entrando, e capturamos outros menores.

Encerramos o dia por volta das 18:30 com cerca de 30 tucunarés capturados e devidamente soltos. Às 21:30h já estavamos em casa, valeu a pena demais o bate-volta de última hora com um dia de pesca muito produtivo que superou todas nossas expectativas.

Fica aqui meu agradecimento a esse exímio guia de pesca e amigo chamado Thiago Aguera. Passou o dia todo avistando os peixes, levantando na superfície, nos orientando e não medindo esforços para que o dia fosse o melhor possível. Recomendo demais!