Rio Negro, Amazônia – Barco Zaltana (fev/2022)

Fala pessoal! Depois de mais de três anos, retornei para a Amazônia, desta vez na companhia de meu pai e amigos. Desta vez no Barco Zaltana, que opera no município de Santa Isabel do Rio Negro/AM.

A viagem ocorreu de 03 a 11/02 de 2022. Saímos de Londrina/PR na noite do dia 02, pois a cia aérea cancelou nosso vôo e antecipou um dia, fazer o quê? Vamos um dia antes.

Conexão em São Paulo/SP, aquele chopp aguardando o vôo para Manaus/AM. Marcelo, eu, Sérgio, meu pai (Abilio) e Dicésar. Por lá encontraríamos o restante do grupo, que tinham pescadores(as) de GO, SP e PR.

Devido à falta de visibilidade por conta da neblina causada pelas chuvas, nosso vôo para Manaus/AM acabou mudando a rota e pousou em Boa Vista/RR. Perrengue!

Esperamos horas até liberar a pista em Manaus e arrumarem outra tripulação que nos levasse ao nosso destino. Era para chegarmos as 2h da manhã e chegamos quase 12h, mas deu tudo certo!

Check-in no hotel e já fomos almoçar um tambaqui e pirarucu no restaurante Choupana. A noite visita a loja Sucuri e jantar na Cachaçaria do Dedé no Shopping Manauara. Que saudade eu estava disso!

No dia seguinte as 6h já estávamos saindo do hotel para o aeroporto, onde teríamos dois aviões fretados para o grupo, com destino a Santa Isabel do rio Negro/AM:

Aproximadamente 2h sobrevoando o rio Negro e seus afluentes:

Chegando em SIRN:

As notícias eram boas, rio ”na caixa”, em ótimo nível de pesca. Na troca de grupos, conversei rapidamente com alguns pescadores, não estava fácil pois o rio oscilava com alguns repiquetes, mas estava saindo bons peixes!

Para nossa sorte, o rio voltou a baixar no início de nossa semana.

Porto de SIRN: rio Negro baixo, o que é normal para essa época de fim de temporada, mas nem sempre acontece!

Por incrível que pareça, mesmo com o rio Negro baixo, todos os afluentes de SIRN estavam muito cheios e subindo, impossibilitando a pescaria no rio Uneiuxi, onde o Zaltana tem a licença de exclusividade de operação. Rio esse, famoso por gigantes tucunarés, e alguns recordes. A estratégia adotada pela tripulação foi realizar a pescaria descendo o rio Negro.

Nossa casa por uma semana, barco Zaltana:

A estrutura do barco é impressionante, para 20 pescadores, suítes, deck e restaurante enormes e muito luxuosos. Lanchas de pesca todas com elétrico de pedal e motores 60hp com volante, muito confortáveis.

Fomos recebidos muito bem por toda tripulação. O gerente Jeferson nos passou todas as informações importantes e nos apresentou e sorteou os guias de pesca. O garçom Jonatan e o barman Fabricio, nota 1000 em serviço e atendimento. O chef Paulo e sua equipe prepararam aperitivos e pratos exuberantes por toda a semana. Tudo de primeira!

Iniciando a navegação:

Durante o percurso até a primeira área de pesca, almoçamos, arrumamos as tralhas e tomamos umas geladas.  No fim de tarde o barco encostou, e aproveitamos para jogar um futebolzinho em uma praia do rio Negro, com a galera do Zaltana, muito divertido!

Primeiro dia de pesca:

Enfim chegou o momento de iniciar a pescaria! Amanhecer no rio Negro:

Nosso guia foi o Laurinho, conhece muito!

O primeiro ponto da pescaria foi em um lago central, se o rio seca mais um pouco, já não daria para acessá-lo:

O primeiro tucunaré da viagem foi pra foto:

Até 11:30h tivemos ações porém de peixes pequenos.  Continuei arremessando o stick, algumas trabalhadas e porrada de peixe grande na superfície! Aquela briga e o primeiro troféu da pescaria já saiu para a foto! Lindo tucunaré açu:

Peixe devidamente e solto, aquela paradinha para o almoço e continuamos a pescaria. Na parte da tarde o sol abriu:

Entramos em mais um lago.

As ações melhoraram, porém nada digno de foto. Encerramos o primeiro dia com os braços aquecidos e com o primeiro troféu fisgado. Prometia!

Segundo dia de pesca:

No segundo dia pescamos na região do Atauí, um complexo gigantesco de ilhas e lagos no rio Negro. O dia começou chuvoso mas nada que atrapalhasse. Pela manhã nos divertimos com peixes pequenos, nada grande. Jacaré tem muito nessa região, e boto então, nem se fala!

A tarde o tempo abriu, rio negro na caixa:

Entramos em um lago, chamado lago da queimada, o guia Laurinho me orientou a pescar somente de hélice e para o meio. Tive uma pancada daquelas de fazer a perna tremer, o peixão capotou três vezes na isca de hélice jogando ela longe, meu pai arremessou atrás e engatou o monstro, ele saiu tomando linha mas acabou escapando, uma pena!

Em outro lago, capturei um açu pequeno:

O guia Laurinho encostou o barco bem na margem para soltarmos esse peixe, para o boto não pegar. Assim que fizemos, vi um movimento na superfície e joguei, lá da margem, para o meio. Na caída o peixe bateu e saiu tomando linha! Assim embarcamos o troféu do dia, tucunaré açu!

Terminamos o dia batendo nas praias, onde tivemos ações de alguns violentos tucunarés paca:

Encerramos o segundo dia com ação de peixes menores e mais um troféu garantido!

Terceiro dia de pesca:

Entramos em um lago gigante, muito bonito.

Esse dia começou com tudo, logo nos primeiros arremessos, engato um peixe grande, aquela briga e peixe embarcado. Impressionante a coloração desse tucunaré açu!

Meu pai com um açuzinho:

Como este, foram vários:

Da-lhe pai:

Mudamos de lago e em sua entrada, peixe caçando na superfície, correndo atrás de uma bicuda, mandei a isca de hélice e aquela porrada! Tucunaré paca monstro, na faixa de 70cm.

Neste dia os peixes estavam muito ativos! Peixes médios como estes outros, foram vários.

No mesmo local, meu pai capturou seu primeiro troféu! Pacão de 70cm.

Parada para o almoço na praia com todo o grupo. Tambaqui assado e drinks, bom demais!

Tempo fechando: Muito vento e chuva chegando!

A chuva veio com tudo e atrasou nossa volta pra pescaria, saímos embaixo d’água. o Laurinho nos levou em um lago, um dos últimos da Ilha do Silva.

Como já tínhamos nos divertido muito pela manhã e capturado muitos peixes e troféus, coloquei uma isca de hélice e só bati ela durante a tarde, mesmo com muita chuva. Entraram peixes menores mas tive duas ações de peixes grandes, o primeiro explodiu três ou quatro vezes na isca mas não voltou, e o segundo entrou na primeira porrada, mas acabou escapando do lado do barco!

No fim da tarde o tempo abriu e batemos na praia:

Meu pai encerrou o dia com dois tucunarés paca-açu:

Terminamos assim o terceiro dia, o melhor da semana em ações para nós, pegamos muitos peixes e saíram três troféus, um açu e dois pacões. Além desses, ainda perdemos dois grandes tucunarés que acabaram escapando.

Quarto dia de pesca:

Perto da meia noite, a chuva voltou com tudo e durou boas horas. Ao amanhecer, o Jeferson que é o gerente do barco, me passou que conferiu a marca na areia e o rio tinha subido um pouco, repiquete! Essa oscilação e instabilidade das águas todas as semanas faz com que, mesmo com o rio em um ótimo nível, os peixes fiquem mais manhosos e inativos em alguns momentos ou dias.

Iniciamos o penúltimo dia arriscando nos leitos e praias do Negrão:

Os pacas valentes sempre aparecem:

Entramos em um lago de boca franca, trabalhei o stick na margem e porrada boa. Troféu do dia, tucunaré açu!

Logo após soltar esse peixe, mais pro final do lago, presenciamos um gigante tucunaré açu caçando uma bicuda na superfície, meu pai arremessou a isca de meia água e o peixe bateu, mas rapidamente escapou, azar. Era muito grande!

Até o fim do dia entraram alguns borboletas, como esse:

Quinto dia de pesca:

Vamos ao último dia inteiro de pesca. Paisagens do rio Negro:

Ainda pela manhã, após alguns peixes pequenos, o guia Laurinho avistou um tucunaré grande em um local raso. Meu pai arremessou e na segunda tentativa o gigante abocanhou, peixe grande na linha!

A minha tensão era enorme pois eu sabia que era o maior tucunaré da vida do meu pai, depois de longos minutos de briga, o peixão se rendeu e foi embarcado, a alegria tomou conta de nós! Mesmo o peixe não sendo meu, presenciar meu pai capturar o seu recorde de tucunaré açu com certeza uma das maiores emoções que já vivi na pesca!

Vídeo da soltura:

Na parte da tarde ainda saíram alguns peixes, açu na hélice:

Esse outro açu o boto chegou a dar uma abocanhada no rabo, mas conseguimos tirá-lo da água e soltá-lo em segurança:

A noite teve o luau na praia, com muito churrasco de primeira!

No luau tiveram as premiações e troféus!

– Maior peixe de couro: Piraíba de 1,47m do Vinicius

– Maior tucunaré açu: Empate com dois açus de 82cm dos pescadores Luis e João Hey.

– Maior tucunaré borboleta: 54cm – Marcelo Catarino.

O dia seguinte, ainda teve pescaria até 12h bem próximo da cidade, nessas últimas horas de pesca, saíram menos peixes porém tiveram pescadores sortudos que pegaram peixe grande!

O saldo da pescaria foi, em todo o grupo (20 pescadores):

– 5 tucunarés acima de 80cm

– 23 tucunarés acima de 70cm

– Mais de 1000 tucunarés no total.

– 11 peixes de couro entre piraíbas e pirararas.

Fotos de toda turma:

Sérgio:

Marcão:

Marcelo:

Dicésar:

Luis:

Felipe:

Nelson:

João Hey:

Antonio:

Lucca:

Vinicius e Isabel:

José e Talitta:

Jairo:

Wagner:

Evandro:

Forlim:

Chico e Cinthia:

Equipamentos:

  • Varas: Redai Black Mamba Second Generation 20lbs e 25lbs 6’0. Vara J-Series by Jansen 25lbs 6’0.
  • Carretilhas: Bantam 151XG, Metanium MGL XG e Metanium 2020 151XG.
  • Linhas multifilamento de 50lbs e 65lbs com leader de Fluorcabon 50lbs 0,63mm.
  • Iscas: Sara Sara 120, Jumpin Minnow T20, Killer Jig Yara, Rip Roller 5.25.

E assim encerramos essa pescaria espetacular na Amazônia, a bordo de uma das melhores operações de pesca e na companhia do meu grande pai.

Agradeço muito a Deus pelo privilégio de viver momentos como este. Agradeço o Lucas e Renan, proprietários da operação, a Inês e Leandro pelo atendimento pré-viagem, ao guia Laurinho, ao Jeferson gerente e toda a equipa Zaltana, por nos proporcionar momentos incríveis durante a semana e pelo atendimento e serviço impecáveis!

Muito obrigado a todos e até a próxima História de Pescador!

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