Sobre João Medeiros
Meu nome é João Paulo Piccinin de Medeiros, nascido em 1991, londrinense, contador de História de Pescador. Lembro-me que, com 8, 9 anos de idade, comecei ir vez ou outra para pesqueiros de Londrina, sempre acompanhado pelo meu pai, ou avô, tios, amigos, irmão e etc; ou então, açudes na antiga fazenda do meu avô. Nesse tempo, minha única opção era a varinha de bambu.
Até que um dia no pesque-pague, vi um senhor usando molinetes e carretilhas. Achei fantástico, sendo pra mim novidade! Veja só, eu com a vara de bambu pescando a um metro do barranco e o senhor lançando a isca no meio do lago. Logo pensei que podia ter algumas ”tralhas” daquelas, mas, precisaria aprender a usar. Foi aí que comecei a me interessar e pedir a meus pais meus primeiros equipamentos de pesca.
Aos poucos fui ganhando minhas varas, molinetes, linhas, anzóis, chumbadas, boias, etc. Meu pai sempre me incentivou muito. Por outro lado, de que me adiantava ter todos aqueles equipamentos se eu não sabia usar direito? Eu precisava de conselhos, dicas, ajuda…
Posso dizer que, comecei aquele hobby praticamente sozinho. Embora meu irmão Pedro sempre me acompanhasse, eu que corria atrás de tudo. Foi aí que, certo dia, entrei em uma banca de jornal e vi uma revista de pesca. Dando uma rápida folheada, aprendi muita coisa nova e, vi fotos de peixes maravilhosos, que nunca tinha visto na vida! Na época, a internet era precária, ainda estava evoluindo, e havia pouquíssimos sites, o jeito era aprender lendo revistas e mais revistas de pesca, então, colecionei muitos exemplares e, com a ajuda delas, adquiri muitas informações novas e, além das revistas, assistia videocassetes de programas de pesca. Dessa forma que fui aprimorando meus conhecimentos sobre o tema.
Com 12 anos, ganhei meu primeiro conjunto de carretilha e minhas primeiras iscas artificiais, e fiz minhas primeiras pescarias de Tucunarés. Nessa época, eu vivia no pesqueiro. Nas férias escolares, meu pai nos deixava (eu e meu irmão) no Toca do Jacaré em Londrina, e nós, pescávamos o dia inteiro, sendo que ele nos buscava somente à noite. Fomos colocando em prática toda teoria que eu tinha visto nas revistas.
Com 13 anos eu já tinha fisgado Pintados de 10 a 20 kg e Pacus e Tambacus de até 25 kg, além de muitas outras espécies. De vez em quando eu arriscava uns arremessos com isca artificial, e já tinha fisgado alguns pequenos Dourados. Em alguns finais de semana, íamos – minha família e eu – a convite de amigos dos meus pais para a Ilha do Sol em Primeiro de Maio/PR, na Represa Capivara, e foi ali, pescando dos trapiches que fisguei meus primeiros Tucunarés – bem pequenos por sinal – com iscas artificiais.
Quando viajávamos para o litoral sempre levava meu equipamento. Comecei então a pescar da beira da praia – sempre pegando muitos peixes – e aos poucos fui aprimorando essa técnica. Ainda muito novo, fizemos uma pescaria sensacional de Robalos, em uma lancha de um amigo, na baía de Guaratuba/PR.
O universo da pesca estava se expandindo pra mim. Em 2003, meu pai levou meu irmão e eu para nossa primeira viagem de pesca no Pantanal. Pegamos Pacus, Pintados, Cacharas, Palmitos, Dourados, Piauçus, Corvinas, Cachorras e Jaús. Foi incrível! Fiquei encantando com o lugar e com a pescaria! Depois disso, o vício só aumentou. Com o passar dos anos a pescaria passou a ser meu hobby.
Em 2007 voltei ao Pantanal, e em 2008 comecei após uma viagem de pesca para Panorama/SP a ter predileção por três coisas: Tucunaré, iscas artificiais e pesque & solte. Desde então e até hoje, foram inúmeras pescarias de Tucunaré com iscas artificiais, no Rio Paraná – Presidente Epitácio e região, e também aqui na Represa Capivara, além de muitíssimas pescarias em pesqueiros.
Tive o prazer de conhecer a pescaria na Argentina, mas, somente em 2012 realizei meu grande sonho: Pescar no Rio Negro – Amazônia, presente do meu pai. Sem dúvida, até então, a melhor pescaria da minha vida! Hoje, prezo pelo pesque & solte – pela preservação das espécies de peixes dos nossos rios e represas – e, espero que um dia todos os pescadores, ou a maioria deles, tenham a consciência de que mais vale um peixe vivo do que um peixe morto, e que a fotografia é a melhor maneira de levá-lo para casa.
Tenho a consciência de que, ainda tenho muito, mas muito mesmo que aprender nesse gigantesco e prazeroso mundo da pesca esportiva, como também tenho inúmeras histórias e experiências para contar.
As fotos abaixo são do começo da minha vida na pesca esportiva, entre 2002 e 2004.